Eu lembro da primeira vez que ouvi falar de Expeditions. A empolgação bateu forte – afinal, estamos falando de um jogo ambientado no mesmo universo de Scythe, um dos títulos mais icônicos da última década. “Será que vai ter batalhas épicas entre mechs? Controle de território intenso? Aquela sensação de tensão a cada movimento do oponente?”
Foi aí que veio a surpresa: Expeditions não é Scythe 2.0 e nem tenta ser. Em vez de um jogo de guerra e conquista, temos um híbrido estratégico focado em exploração, engine-building e gerenciamento de mão. Uma mudança inesperada, mas será que funciona?
Depois de várias partidas – tanto solo quanto em grupo – eu posso dizer com segurança: Expeditions entrega uma experiência única e viciante, mas de um jeito bem diferente do que muitos esperavam. Se você está curioso para saber como esse jogo funciona e se vale a pena adicioná-lo à sua coleção, me acompanha nessa análise completa!
Como funciona Expeditions? Explorando Mecânicas Inovadoras
Se eu tivesse que descrever Expeditions em poucas palavras, diria que ele é uma mistura de exploração, construção de motor e deck-building, com um toque de estratégia bem interessante. Mas para entender de verdade, vamos destrinchar o jogo por partes.
1. O Fluxo do Jogo
Cada turno é simples na teoria, mas cheio de decisões estratégicas. Você tem três ações principais disponíveis:
- Mover seu mech para explorar novas áreas do mapa.
- Jogar uma carta para ativar habilidades e ganhar atributos.
- Coletar recursos realizando ações no local onde seu mech está.
O detalhe interessante aqui é que você não pode repetir a ação do turno anterior, então precisa planejar bem os próximos passos.
No começo do jogo, a sensação de exploração é real – as peças do mapa começam fechadas e você nunca sabe exatamente o que vai encontrar ao revelar um novo local. Essa mecânica mantém cada partida dinâmica e dá aquele gostinho de aventura.
2. A Magia das Cartas
As cartas são o coração de Expeditions. Você começa com um personagem e um companheiro animal, cada um com habilidades únicas. Durante o jogo, vai adquirindo novos tipos de cartas:
- Quests: fornecem objetivos para completar.
- Itens: aprimoram seu mech e dão habilidades extras.
- Meteoritos: podem ser transformados em melhorias permanentes.
O uso inteligente dessas cartas é o que define uma boa estratégia. Algumas habilidades são ativadas ao jogar a carta, outras exigem que você tenha o trabalhador certo para ativá-las. Saber quando segurar e quando descartar cartas para ganhar bônus é essencial.
3. O Grande Objetivo: Glória e Corrupção
A vitória em Expeditions vem de duas formas principais:
- Colocando os 4 tokens de Glória no tabuleiro, que acontecem ao cumprir objetivos específicos.
- Limpando Corrupção dos hexágonos, uma mecânica interessante que envolve gastar atributos acumulados para remover fichas de corrupção e ganhar pontos.
No fim das contas, você precisa equilibrar bem essas duas frentes para maximizar sua pontuação e garantir a vitória.
A sensação de jogar Expeditions: É realmente divertido?
A resposta curta? Sim! Mas depende do que você busca em um jogo.
Se você gosta de engine-building e estratégia focada em otimizar combos, vai se sentir em casa. Construir uma boa sinergia entre cartas e mecânicas é extremamente satisfatório.
Mas, se você esperava interações diretas e conflitos como em Scythe, pode se decepcionar. Aqui, a interação entre jogadores é mínima – no máximo, você pode ocupar um espaço que o outro queria ou pegar uma carta antes dele.
Eu, particularmente, gostei dessa pegada mais introspectiva. Me senti constantemente desafiado a pensar no meu motor de jogo, sem precisar ficar atento a possíveis ataques de oponentes.
A exploração também é bem divertida. A cada nova peça revelada no mapa, surge aquela expectativa: será um local cheio de recursos? Um lugar estratégico para minha próxima jogada? Ou um pedaço do tabuleiro que não me ajuda em nada? Essa incerteza adiciona um toque de emoção ao jogo.
Claro, nem tudo é perfeito. O fator sorte pode pesar um pouco – especialmente quando você precisa de um local específico para cumprir um objetivo e ele demora a aparecer. Mas, no geral, a sensação de progressão e descoberta compensa.
Expeditions no modo solo: vale a pena?
Eu já joguei muitos jogos solo, e confesso que os bots da Automa Factory nem sempre me convencem. Mas Expeditions me surpreendeu.
Aqui, o bot funciona como dois jogadores fantasmas, cada um controlando um mech e movimentando-se pelo mapa. Eles não tentam competir diretamente com você, mas agem como obstáculos e aceleradores do jogo, removendo fichas de corrupção e pegando recursos antes de você.
O sistema é simples, rápido de operar e realmente cria um senso de urgência. Em níveis mais altos de dificuldade, o bot pode até ser um desafio real! Se você gosta de jogos solo, definitivamente vai encontrar valor aqui.
Componentes e Produção: Stonemaier sendo Stonemaier
Se tem uma coisa que Expeditions faz bem, é apresentar uma produção visual incrível.
A arte de Jakub Różalski continua impecável, trazendo aquele mundo steampunk alternativo cheio de mechs gigantes e paisagens geladas. O tabuleiro modular é bonito, os meeples e miniaturas têm uma presença forte na mesa, e os tokens são de boa qualidade.
As cartas, por outro lado, poderiam ser um pouco melhores. Depois de algumas partidas, já comecei a notar um leve desgaste – nada absurdo, mas algo a se considerar.
Ponto positivo para o insert da caixa, que organiza tudo de maneira eficiente e evita aquele caos pós-partida.
Conclusão: Expeditions merece um espaço na sua coleção?
Se você procura um jogo com forte exploração, engine-building e decisões estratégicas constantes, Expeditions é uma excelente escolha. Ele oferece uma experiência envolvente, com partidas variadas e uma curva de aprendizado que recompensa jogadores mais experientes.
Por outro lado, se você esperava algo mais próximo de Scythe, com confrontos e disputa por território, pode acabar sentindo falta de um pouco mais de interação direta.
No fim das contas, Expeditions entrega uma jornada estratégica única, com momentos memoráveis de descoberta e otimização. Para mim, ele já garantiu seu lugar na coleção – e toda vez que entra na mesa, traz aquela sensação de explorar o desconhecido de novo.
🎲 Nota final: 8.5/10 – Uma jornada diferente, mas fascinante!
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