Olha, vou ser honesto com você: depois de mais de 15 anos jogando e analisando jogos de tabuleiro — de eurogames densos a ameritrashes cheios de miniaturas — eu raramente me impressiono com um jogo pequeno. Quando ouvi falar de 52 Realms, um dungeon crawler feito apenas com um baralho de cartas padrão e alguns dados, minha expectativa era algo do tipo “legalzinho, mas esquecível”. Afinal, como é que um jogo desses poderia entregar a profundidade estratégica e narrativa que eu tanto valorizo?
A surpresa veio na terceira partida.
Era uma tarde comum no clube de jogos do colégio onde dou aulas. Chamei alguns alunos para testarmos algo diferente. Em minutos, já estávamos debatendo estratégias, criando histórias para nossos personagens e rindo das desgraças causadas por cartas traiçoeiras. Aquela mescla entre simplicidade e profundidade, entre desafio e criatividade, me fisgou de vez.
E eu não fui o único. Desde então, 52 Realms virou figurinha carimbada nas sessões de jogo da escola, nas noites de jogatina em casa e até nas minhas pausas solitárias entre uma correção de prova e outra. E isso diz muito — porque minha coleção tem mais de 200 títulos, muitos dos quais dormem na estante enquanto 52 Realms vive na minha mochila.
Neste artigo, vou te contar por que esse pequeno jogo indie, acessível e inteligente merece a sua atenção. Prepare-se para uma jornada entre reinos, encontros inesperados e decisões difíceis — tudo isso com um simples baralho.
52 Realms: o que é esse jogo e por que está fazendo tanto barulho?
Imagine pegar um baralho comum, desses que todo mundo tem em casa, e transformá-lo numa masmorra viva, cheia de perigos, armadilhas, monstros e oportunidades. Parece exagero? Eu também achava. Mas 52 Realms faz exatamente isso — e com uma competência surpreendente.
Criado como um jogo Print and Play, ou seja, gratuito e acessível para ser impresso em casa, o jogo convida você a explorar 52 reinos representados pelas cartas de um baralho padrão. Cada carta corresponde a um encontro ou evento, que pode ser um inimigo, um obstáculo, um aliado ou até uma recompensa inesperada. A combinação de naipe e valor determina o que você enfrentará, e é aí que começa a mágica.
Mas 52 Realms não é só sobre rolar dados e ver o que acontece. É sobre tomar decisões com base em recursos limitados, planejar caminhos, arriscar quando necessário e aceitar que, às vezes, a sorte vai te dar uma rasteira — como na vida. Isso cria uma tensão deliciosa a cada jogada. Você nunca sabe se a próxima carta vai ser sua redenção ou sua ruína.
O criador do jogo encontrou um equilíbrio raro entre simplicidade e profundidade. As regras são fáceis de aprender — você pode explicar em menos de 10 minutos. Mas a experiência, ah… essa é rica, cheia de nuances. Cada partida conta uma história. Já tive sessões em que meu herói caiu na primeira esquina da masmorra, e outras em que venci por um triz, depois de uma sequência épica de decisões apertadas e dados generosos.
Para quem vive cercado de jogos com produção de alto nível, é quase chocante ver quanta emoção e rejogabilidade pode sair de componentes tão básicos. E esse é o verdadeiro barulho que 52 Realms está fazendo: ele prova que boas ideias ainda vencem caixas caras e miniaturas sofisticadas.
Jogabilidade: Simples na Forma, Profunda na Essência
Ao iniciar uma partida de 52 Realms, você escolhe um personagem e um mapa. Cada personagem possui habilidades únicas, e cada mapa apresenta desafios distintos. Com seu baralho embaralhado, você começa a explorar a masmorra, enfrentando encontros determinados pelas cartas.
A cada movimento, você decide qual caminho seguir, enfrentando inimigos ou superando obstáculos. Os combates são resolvidos de forma simples, mas exigem decisões táticas importantes. Você deve gerenciar seus recursos com sabedoria, decidindo quando usar uma carta como item, equipamento ou loot.
O jogo equilibra habilmente sorte e estratégia. Embora as cartas sejam sorteadas aleatoriamente, suas decisões influenciam significativamente o resultado. Essa combinação mantém o jogo desafiador e envolvente, incentivando múltiplas jogadas.
Por que 52 Realms é Ideal para Diversos Públicos
52 Realms é um jogo que agrada a diferentes perfis de jogadores:
- Jogadores Solo: Perfeito para quem busca uma experiência envolvente e desafiadora para jogar sozinho.
- Educadores: Uma ferramenta lúdica que estimula habilidades matemáticas e de tomada de decisão.
- Grupos Casuais: Embora seja um jogo solo, pode ser jogado em grupo de forma cooperativa, com discussões sobre as melhores estratégias.
- Entusiastas de Print and Play: Uma adição valiosa para qualquer coleção de jogos PnP, oferecendo profundidade e rejogabilidade.
Além disso, sua portabilidade e facilidade de montagem o tornam ideal para viagens, intervalos ou qualquer momento em que se deseje uma aventura rápida e envolvente.
Prós e Contras de 52 Realms
Prós:
- Altamente portátil e acessível.
- Regras simples com profundidade estratégica.
- Alta rejogabilidade com diferentes mapas e personagens.
- Excelente ferramenta educativa.Postmark Games+1The Opinionated Gamers+1
Contras:
- Dependência de texto em inglês, o que pode ser uma barreira para alguns.
- A aleatoriedade pode ser frustrante em certas situações.
- Visual simples, dependendo da imaginação do jogador para imersão.
Conclusão: Vale a Pena Jogar 52 Realms?
Definitivamente, sim. 52 Realms é uma prova de que jogos simples podem oferecer experiências profundas e memoráveis. Com mecânicas inteligentes, alta rejogabilidade e uma proposta acessível, ele se destaca no universo dos jogos de tabuleiro. Se você busca uma aventura envolvente que cabe no seu bolso, 52 Realms é a escolha certa.
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Olá, eu sou Pedro Henrique Schunz e tenho uma profunda conexão com os jogos de tabuleiro. Desde nossos primeiros encontros com clássicos familiares até as noites emocionantes de partidas estratégicas com amigos, cada dado lançado e cada carta virada moldaram nossa experiência única. Crescemos com os jogos, aprendemos com eles e, ao longo do caminho, construímos memórias inesquecíveis.