Sabe aquele jogo que, quando você lê as regras, sua cabeça começa a gritar “Isso aqui vai dar muito errado”? Foi exatamente o que senti quando conheci The LOOP. Como um veterano no mundo dos jogos de tabuleiro, já vi muitas ideias inovadoras, mas poucas me deixaram tão intrigado quanto essa: um jogo cooperativo onde clones aparecem aleatoriamente, cubos são lançados em uma torre caótica, e missões precisam ser concluídas antes que o tempo se esgote.
A mistura parecia exagerada. Afinal, jogos cooperativos funcionam melhor quando os jogadores têm um certo nível de controle, certo? Mas The LOOP quebra essa lógica e faz tudo funcionar de maneira surpreendente. O caos está presente, mas existe estratégia. O jogo parece imprevisível, mas permite planejamento. E, acima de tudo, é viciante.
Se você já jogou Pandemic e curtiu o desafio de conter surtos globais ou se aventurou em Spirit Island, tentando evitar a colonização de sua ilha mística, The LOOP pode ser o próximo jogo perfeito para sua coleção. Ele pega elementos desses grandes títulos, adiciona mecânicas de deckbuilding, uma estética de desenho animado dos anos 90/2000 e um vilão caricato que parece saído de um episódio de Austin Powers.
A seguir, vou te mostrar exatamente como esse jogo funciona, o que o torna tão especial e por que ele tem sido uma das minhas escolhas favoritas quando quero uma experiência cooperativa intensa, mas divertida.
Como Funciona The LOOP? Um Cooperativo Fora do Comum
The LOOP é um jogo cooperativo onde os jogadores assumem o papel de agentes da Agência, uma organização secreta dedicada a impedir os planos do maluco Dr. Faux. Ele construiu uma máquina do tempo que está gerando clones dele próprio em diferentes eras da história, criando fendas no espaço-tempo que ameaçam destruir o universo.
O tabuleiro é circular e dividido em sete eras diferentes, desde a pré-história até um futuro distante. O jogo segue um ritmo acelerado onde, a cada rodada, novos clones surgem, cubos de fenda são lançados e os jogadores precisam correr contra o tempo para resolver missões antes que seja tarde demais.
O Objetivo do Jogo
Seu time precisa completar quatro missões antes que aconteçam quatro vórtices temporais (ou dois no mesmo local). Se o tabuleiro for tomado pelo caos antes disso, todos os jogadores perdem.
Para impedir a destruição do espaço-tempo, os agentes devem mover-se entre as eras, usar cartas de artefatos para combater clones e fechar fendas temporais, além de coordenar ações para cumprir os objetivos das missões.
A Mecânica do Looping – O Coração do Jogo
O grande diferencial do jogo está na mecânica de looping. Cada jogador tem um deck de cartas representando artefatos temporais que fornecem ações especiais. Mas o mais interessante é que você pode gastar energia para reutilizar cartas no mesmo turno, criando combos poderosos.
Isso significa que, com planejamento, é possível executar sequências absurdas de ações, limpando clones, eliminando fendas e se deslocando pelo tabuleiro em um único turno épico. O looping cria uma sensação única de poder e estratégia, dando aos jogadores a chance de desafiar o caos que o Dr. Faux impõe ao jogo.
Essa mistura entre aleatoriedade e planejamento é o que torna The LOOP um dos jogos cooperativos mais dinâmicos que já joguei.
Por Que The LOOP É Tão Viciante?
Depois de dezenas de partidas, posso afirmar que The LOOP é um daqueles jogos que sempre te fazem querer jogar de novo. Mas o que exatamente o torna tão viciante? Aqui estão três grandes razões:
1. Ele Mistura Estratégia e Caos na Medida Certa
Muitos jogos cooperativos falham ao incluir elementos muito aleatórios, deixando os jogadores à mercê do azar. The LOOP, no entanto, equilibra esse caos com um sistema estratégico sólido.
Por exemplo, sabemos em qual era Dr. Faux atacará a cada turno, pois seu baralho de ações segue um ciclo previsível antes de ser embaralhado novamente. Isso permite que os jogadores tomem decisões informadas sobre onde priorizar recursos e ações.
Essa mistura entre planejamento e improvisação gera um nível de envolvimento que mantém o jogo sempre emocionante.
2. A Mecânica de Looping É Incrivelmente Satisfatória
O grande destaque do jogo é a mecânica de looping. Criar combos poderosos ao reutilizar cartas e maximizar suas ações é uma experiência extremamente recompensadora.
Diferente de outros jogos de deckbuilding, onde as cartas compradas demoram para entrar em jogo, em The LOOP os novos artefatos vão direto para o topo do seu baralho. Isso significa que você pode usá-los imediatamente na rodada seguinte, o que acelera o ritmo da partida e mantém o jogo sempre dinâmico.
3. A Alta Rejogabilidade Mantém o Jogo Sempre Fresco
A cada partida, há variações significativas:
- 10 missões diferentes, mas apenas 7 são usadas por jogo;
- 5 agentes jogáveis, cada um com habilidades únicas e decks personalizados;
- 3 níveis de dificuldade, que ajustam o desafio conforme o grupo de jogadores;
- 4 modos de jogo, cada um com mecânicas extras para aumentar a diversidade das partidas.
Essa variedade garante que The LOOP nunca se torne repetitivo.
Vale a Pena Comprar The LOOP?
Se você gosta de jogos cooperativos desafiadores, mas acessíveis, The LOOP é uma das melhores escolhas do mercado. Ele oferece uma mistura perfeita de planejamento estratégico e caos imprevisível, garantindo que cada partida seja única e emocionante.
O jogo é perfeito para quem curte títulos como Pandemic, mas quer algo mais irreverente e com mecânicas inovadoras. Seu deckbuilding leve, o sistema de looping e o humor exagerado fazem dele uma experiência única.
Recomendado para:
✅ Quem gosta de jogos cooperativos com alta rejogabilidade
✅ Jogadores que curtem estratégia, mas sem abrir mão da diversão
✅ Fãs de temáticas malucas e vilões caricatos
Agora, se me dá licença, preciso voltar para mais uma partida… Parece que Dr. Faux está aprontando de novo, e alguém precisa salvar o espaço-tempo!
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Olá, eu sou Pedro Henrique Schunz e tenho uma profunda conexão com os jogos de tabuleiro. Desde nossos primeiros encontros com clássicos familiares até as noites emocionantes de partidas estratégicas com amigos, cada dado lançado e cada carta virada moldaram nossa experiência única. Crescemos com os jogos, aprendemos com eles e, ao longo do caminho, construímos memórias inesquecíveis.
