Blackout: Hong Kong – Review Completa do Jogo de Tabuleiro - Mundo Tabuleiro

Blackout: Hong Kong – Review Completa do Jogo de Tabuleiro

Blackout

Imagine isso: você está sentado à mesa com seu grupo de jogos favorito. As cartas na mão, o tabuleiro pronto, e todos prontos para encarar o desafio. O jogo promete um tema intenso – um apagão tomou conta de Hong Kong, e sua missão é restaurar a ordem na cidade. Parece incrível, não é?

Agora, aqui vem a surpresa: ao longo da partida, você percebe que essa urgência temática não se traduz no gameplay. Em vez de um caos urbano desesperador, o jogo se revela um sólido quebra-cabeça de gerenciamento de cartas e contratos. Isso significa que Blackout: Hong Kong é um jogo ruim? Nem de longe! Mas ele pode ser bem diferente do que você esperava.

Neste review completo, vou te contar tudo sobre esse jogo: desde seus pontos altos até os detalhes que podem dividir opiniões. Sou um grande fã de jogos estratégicos, e depois de várias partidas de Blackout: Hong Kong, trago uma análise profunda para você decidir se vale a pena colocá-lo na sua coleção.

O que é Blackout: Hong Kong?

Lançado em 2018 pelo renomado designer Alexander Pfister (o mesmo de Great Western Trail e Mombasa), Blackout: Hong Kong é um jogo de estratégia euro com forte gerenciamento de mão e controle de áreas. Nele, os jogadores assumem o papel de equipes tentando restaurar o abastecimento da cidade após um apagão misterioso.

Mas, como já mencionei, não espere uma experiência temática intensa. Aqui, a cidade não está em colapso, as pessoas não parecem desesperadas e, no fim, a sensação é mais de uma logística eficiente do que um verdadeiro resgate em meio ao caos.

Mecânicas Principais

O jogo é baseado em uma estrutura rígida de rodadas, onde os jogadores precisam:

  • Gerenciar uma mão de cartas para gerar recursos;
  • Cumprir contratos para expandir suas opções;
  • Controlar áreas do tabuleiro para maximizar a pontuação;
  • Equilibrar economia de ações e eficiência a cada turno.

A cada rodada, um conjunto de fases precisa ser seguido em ordem específica, o que cria um jogo extremamente procedural. Isso pode ser um ponto positivo para quem gosta de estrutura, mas também pode limitar a liberdade estratégica.

Se você já jogou Mombasa, vai perceber que Blackout: Hong Kong pega a ideia do gerenciamento de cartas e expande ainda mais esse conceito, colocando o foco no planejamento e eficiência de jogadas.

Componentes e Qualidade de Produção

Aqui entramos em um ponto que pode gerar polêmica. Se por um lado o jogo tem uma arte funcional e ícones bem pensados, por outro, algumas escolhas de design deixam a desejar.

Os pontos positivos:

✅ O tabuleiro e as cartas são de boa qualidade;
✅ Ícones bem desenvolvidos facilitam a leitura das ações;
✅ O primeiro jogador tem um marcador útil para lembrar a ordem de fases (o que, acredite, faz falta).

Os pontos negativos:

❌ A paleta de cores escura e pouco intuitiva;
❌ O tabuleiro não é visualmente atraente;
❌ Os tabuleiros individuais possuem uma organização estranha (lendo de baixo para cima), o que pode gerar erros de jogo.

Se você valoriza jogos visualmente deslumbrantes, Blackout: Hong Kong pode não te impressionar. Mas se a estética não for um fator essencial para você, ele cumpre bem sua função.

Gameplay: Estratégia e Desafios

Agora vamos ao que realmente importa: como Blackout: Hong Kong se desenrola na mesa?

Aqui temos um jogo de planejamento minucioso, onde cada escolha importa. Cada rodada segue um fluxo fixo de oito fases:

1️⃣ Rolagem de dados – Define quais recursos estarão disponíveis.
2️⃣ Planejamento de cartas – Escolha até três cartas para jogar.
3️⃣ Resolução das cartas – Ganha recursos e benefícios.
4️⃣ Verificação de ícones – Se sua mão for “forte o suficiente”, há um bônus.
5️⃣ Compra de contratos – Novos objetivos para completar.
6️⃣ Pontuação e manutenção – Alguns ajustes e contagem de pontos.
7️⃣ Recuperação de cartas – Pegue de volta algumas cartas descartadas.
8️⃣ Ativação de bônus – Alguns benefícios extras entram em jogo.

Esse ciclo de jogo cria uma sensação de progressão interessante, pois você precisa otimizar seus recursos e decidir quais cartas recuperar a cada turno.

O ponto forte: Planejamento de longo prazo

Se você gosta de jogos onde cada decisão impacta diretamente seu desempenho futuro, Blackout: Hong Kong pode ser uma excelente pedida. A necessidade de equilibrar sua mão de cartas e prever os próximos turnos adiciona um nível de complexidade que muitos jogadores de euros apreciam.

O ponto fraco: Estrutura engessada

Por outro lado, a rigidez das fases pode tornar o jogo previsível e, às vezes, mecânico. Não há muita margem para improvisação ou mudanças drásticas de estratégia ao longo da partida.

Interação entre jogadores: Conflito ou corrida solitária?

Se você gosta de jogos com muita interação direta, talvez Blackout: Hong Kong não seja para você. Aqui, a disputa acontece de forma indireta:

✔️ Controle de áreas: Os jogadores competem para cercar e dominar regiões no tabuleiro.
✔️ Corrida por cartas e tokens: Quem pega primeiro, leva.

Mas não espere confrontos diretos ou mecânicas de ataque. A maior parte do jogo é focada no seu próprio planejamento e eficiência, e a interação se resume a pequenas disputas por espaço e recursos.

Isso faz com que o jogo tenha uma pegada mais solitária, o que pode ser um ponto negativo para quem gosta de mais dinamismo e disputas acirradas.

Vale a pena jogar Blackout: Hong Kong?

Então, Blackout: Hong Kong merece um espaço na sua coleção? Isso depende do que você busca em um jogo.

Quem vai gostar?

✅ Fãs de euros estratégicos com foco em planejamento;
✅ Jogadores que gostam de desafios cerebrais e otimização de recursos;
✅ Quem gosta de mecânicas de gerenciamento de mão e contratos.

Quem pode não gostar?

❌ Quem busca um jogo altamente temático e imersivo;
❌ Jogadores que preferem partidas mais dinâmicas e com interação direta;
❌ Quem se incomoda com jogos visualmente pouco atraentes.

No final das contas, Blackout: Hong Kong não é um jogo ruim – longe disso. Ele traz um quebra-cabeça bem estruturado, desafiador e com alta rejogabilidade. Mas sua falta de imersão temática e sua estrutura rígida podem afastar alguns jogadores.

Se você gosta de planejamento estratégico e não se importa com a temática mais fraca, vale a pena experimentar. Mas se você busca um jogo emocionante e envolvente, pode ser melhor procurar outra opção.

E você, já jogou Blackout: Hong Kong? O que achou da experiência? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião!

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