Arydia: The Paths We Dare Tread – Um RPG de Tabuleiro Inovador ou Só Mais um Hype? - Mundo Tabuleiro

Arydia: The Paths We Dare Tread – Um RPG de Tabuleiro Inovador ou Só Mais um Hype?

Arydia

Sempre fui fascinado por RPGs de mundo aberto. Desde criança, passava horas explorando mapas vastos em jogos de videogame como The Elder Scrolls ou Baldur’s Gate, sempre com aquela sensação mágica de liberdade. Então, quando ouvi falar de Arydia: The Paths We Dare Tread, um RPG de tabuleiro promissor, que trazia a promessa de um mundo aberto, progressão de personagem e combates táticos, meu coração nerd bateu mais forte.

As expectativas estavam nas alturas. Afinal, estamos falando de um jogo financiado no Kickstarter com uma produção caprichada, miniaturas pré-pintadas e uma proposta inovadora de “legado verde” – ou seja, um jogo que evolui e se transforma ao longo da campanha, mas pode ser reiniciado para novas aventuras. Soava como o casamento perfeito entre a imersão dos RPGs digitais e a interação dos jogos de tabuleiro.

Mas será que Arydia entrega tudo isso na prática? Ou é só mais um caso de um jogo superproduzido que não sustenta a hype? Depois de mais de 20 horas mergulhado nessa experiência, explorando sozinho e com um grupo de amigos, tenho algumas opiniões sinceras para compartilhar. Então, se você está curioso para saber se vale a pena embarcar nessa jornada, vem comigo!

O que é Arydia: The Paths We Dare Tread?

Antes de entrar nos detalhes da experiência, vamos entender exatamente o que é Arydia. Criado pela Far Off Games, o jogo se define como um RPG de tabuleiro de mundo aberto, cooperativo e baseado em campanha. Ele se apoia em quatro pilares principais:

  • Exploração – Você viaja pelo mapa, descobre novas localidades, interage com NPCs e enfrenta inimigos.
  • Progressão – Seus personagens evoluem, adquirindo novas habilidades, equipamentos e itens.
  • Combate – O sistema tático utiliza cartas e dados, exigindo estratégia e cooperação.
  • Interpretação de Papéis – O jogo incentiva a imersão narrativa e a tomada de decisões.

Além disso, Arydia se destaca por ser um “legado verde”, ou seja, possui elementos de campanha que mudam o mundo e os personagens, mas permite que você reinicie a experiência após terminar.

Mas e na prática? Como tudo isso se traduz no jogo? Vamos por partes.

Exploração: Um Mundo Aberto Que Parece Menor do Que Deveria

Quando falamos em RPGs de mundo aberto, pensamos em liberdade para viajar, encontrar segredos e viver uma aventura única. Arydia tenta entregar isso com um sistema de tiles modulares que revelam o mundo conforme você avança. No papel, parece incrível.

Na prática? A experiência de exploração é um tanto superficial. Você se move de um tile para outro, lê um pequeno texto de ambientação e, muitas vezes, percebe que não há muita coisa para fazer ali. Algumas localidades têm NPCs, outras oferecem eventos ou combates, mas muitas vezes a sensação é de que estamos apenas “cumprindo tabela”, em vez de realmente nos sentirmos imersos em um mundo vivo.

Outro ponto que me incomodou foi a quantidade de tempo gasto procurando cartas e organizando tiles. Cada nova área explorada exige que você busque componentes específicos, e essa parte acaba quebrando o ritmo do jogo. Em um RPG de videogame, um novo local se abre instantaneamente. Aqui, você perde minutos reorganizando peças e consultando referências.

Isso significa que a exploração é ruim? Não necessariamente. O jogo ainda consegue criar momentos interessantes, especialmente quando encontramos NPCs mais desenvolvidos ou missões intrigantes. Mas para um jogo que se vende como um RPG de mundo aberto, esperava uma sensação mais orgânica e fluida.

Progressão e Desenvolvimento dos Personagens

Se tem algo que sempre me motiva em RPGs é a evolução do personagem. Adquirir novas habilidades, equipar armas melhores e sentir que meu herói está ficando mais poderoso é o que me mantém engajado. Arydia acerta em partes nesse quesito.

O sistema de progressão funciona de forma simples e eficiente: cada vez que você sobe de nível, pode melhorar atributos, aprender novas habilidades e encontrar equipamentos. Não há uma complexidade excessiva, o que torna o jogo acessível, mas ao mesmo tempo, senti falta de mais opções estratégicas.

A personalização dos personagens é decente, mas não chega a ser revolucionária. Você tem liberdade para escolher habilidades e equipamentos, mas muitas das escolhas acabam sendo óbvias – não há tanto espaço para criar “builds” realmente diferenciadas.

Outro detalhe que me deixou dividido foi o impacto das decisões no mundo do jogo. A proposta de um sistema que registra suas ações e muda o cenário com base nelas é ótima, mas, na prática, as mudanças parecem mais cosméticas do que realmente significativas. Você sente que suas escolhas importam, mas não a ponto de transformar radicalmente sua experiência.

Combate: O Melhor Aspecto de Arydia?

Se tem um ponto onde Arydia realmente brilha, é no combate. Ele combina mecânicas de posicionamento tático, cartas de inimigos e rolagem de dados, criando um sistema desafiador e estratégico.

Cada inimigo tem padrões de comportamento distintos, exigindo que os jogadores pensem cuidadosamente antes de agir. O uso de habilidades e armas afeta diretamente a forma como os combates se desenrolam, tornando cada batalha única.

Além disso, a mecânica de dano é bem interessante. Os jogadores precisam escolher onde alocar os marcadores de dano, o que pode trazer benefícios ou desvantagens dependendo da situação. Isso adiciona uma camada extra de estratégia, diferenciando Arydia de outros RPGs de tabuleiro mais simplificados.

O único problema? A aleatoriedade dos dados pode ser frustrante. Como em muitos RPGs baseados em rolagem, algumas batalhas podem ser decididas por pura sorte, o que pode gerar momentos épicos ou situações frustrantes onde um combate fácil se torna uma derrota amarga.

Mas, no geral, o combate foi a parte que mais me divertiu no jogo – e acredito que para muitos jogadores será o ponto alto da experiência.

Vale a Pena Jogar Arydia?

Depois de mais de 20 horas explorando, lutando e interagindo com NPCs, minha conclusão sobre Arydia é um misto de admiração e frustração. O jogo tem uma produção impressionante, um sistema de combate envolvente e um mundo cheio de potencial. Mas ao mesmo tempo, a exploração pode parecer superficial, a progressão poderia ser mais impactante, e o fluxo do jogo sofre com o excesso de gerenciamento de componentes.

Se você procura um RPG de tabuleiro cinematográfico e imersivo, talvez Arydia não seja tudo o que promete. Mas se o que te atrai são combates estratégicos e um jogo cooperativo com uma produção visual de alto nível, há muito para se aproveitar aqui.

No fim das contas, Arydia entrega momentos memoráveis, mas talvez não seja o grande RPG de tabuleiro definitivo que muitos esperavam.

💬 E você? Já jogou Arydia ou está pensando em experimentar? Comenta aí o que achou!

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