Leven in de Amazone – Review Completo do Eurogame sobre Natureza e Estratégia - Mundo Tabuleiro

Leven in de Amazone – Review Completo do Eurogame sobre Natureza e Estratégia

Leven in de Amazone

Quando bati o olho em Leven in de Amazone pela primeira vez, achei que fosse “só mais um jogo bonito sobre natureza”. Visual vibrante, animais carismáticos, árvores 3D… parecia aquele tipo de jogo que conquista pela aparência, mas entrega uma experiência rasa. Mas, como bom nerd de tabuleiro que sou, resolvi dar uma chance. E ainda bem que dei.

Depois de uma tarde inteira montando, jogando e rindo com o caos da preparação (já falo disso), percebi que estava diante de um jogo com muito mais profundidade do que imaginava. Leven in de Amazone é aquele tipo de experiência que começa devagar, mas te envolve de uma forma surpreendente. A combinação de bag building, colocação de tiles e objetivos dinâmicos cria uma floresta viva no meio da sua mesa — e no fim da partida, você não quer mais sair dali.

Neste review, vou te mostrar por que Leven in de Amazone pode parecer simples por fora, mas esconde um ecossistema estratégico muito mais denso. E, claro, vamos falar sobre componentes, rejogabilidade, curva de aprendizado e aquela pergunta final que sempre nos atormenta: vale a pena ter esse jogo na coleção? Spoiler: sim. E com gosto.

Visual Incrível, Produção Caprichada… e Alguns Espinhos na Selva

Vamos tirar isso do caminho logo: Leven in de Amazone é um colírio para os olhos. As ilustrações da Sophia Kang são encantadoras, e os meeples de animais de madeira serigrafada (alô, reuzenotter!) criam uma atmosfera que faz você se sentir mesmo dentro da floresta tropical. É um daqueles jogos que atrai curiosos só de olhar para a mesa.

A ambientação é reforçada com árvores tridimensionais montáveis, tiles de rio e floresta, e fichas coloridas de frutas, folhas e água. Toda vez que monto esse jogo, a mesa vira um diorama amazônico. E olha, pra quem curte estética na jogatina, é um prato cheio.

Agora, nem tudo são flores (ou flores tropicais, nesse caso). A tal da “cascata de pontuação”, que precisa ser montada toda vez, é uma daquelas ideias que funcionam melhor no papel do que na prática. O material é fino, instável e, honestamente, depois da terceira partida, você vai preferir deixá-la de lado e jogar tudo flat mesmo.

Outro ponto: a organização da caixa. É um desafio por si só. A quantidade de componentes é enorme, os saquinhos são muitos, e o setup pode facilmente ultrapassar 15 a 20 minutos. Para mim, isso ainda vale o esforço — mas sei que para grupos que buscam setups mais rápidos, pode ser um entrave.

Ainda assim, é justo dizer que Leven in de Amazone entrega um valor de produção altíssimo. E se você tem aquele perfil de jogador que curte preparar tudo com calma e transformar o setup em um ritual (tipo eu nos domingos de chuva), esse jogo vai te fazer feliz.

Leven in de Amazone

Construindo a Selva: Bag Building, Tiles e Estratégia Animal

O coração do jogo está em uma combinação muito saborosa de bag building com colocação de tiles e objetivos dinâmicos. Cada jogador tem sua própria floresta amazônica em construção, com áreas de rio, floresta e espaço para os animais se espalharem. E tudo isso gira em torno de um sistema de fichas — água, folhas, frutas e moedas — que são compradas, sorteadas de uma bolsa e utilizadas para realizar ações.

Você precisa de frutas para atrair animais, folhas para plantar árvores, água para colocar vitórias-régias. Parece simples? É. Mas o interessante é que a forma como você monta sua bolsa determina a fluidez do seu jogo. E quanto mais otimizada sua bag, mais eficiente você será.

O jogo conta com oito tipos de animais, cada um com formas diferentes de pontuar. O tucano, por exemplo, pontua por estar cercado de outros animais. O macaco, por sua vez, ama árvores próximas. E o melhor: cada animal tem várias versões de cartas com condições de pontuação distintas, o que aumenta a rejogabilidade e a variabilidade a cada nova partida.

Pra deixar tudo ainda mais interessante, cada jogador recebe um animal exclusivo, com uma habilidade ou forma de pontuação única. E ainda há objetivos de fim de jogo que podem ser comprados durante a partida para turbinar sua pontuação.

Apesar de começar num ritmo lento — leva um tempo até você ter animais na mesa e ações mais robustas —, o jogo cresce bem. A medida que você investe em tiles, ganha acesso a trilhas de pontuação que rendem bônus e, no fim, uma bela carga de pontos. E essas trilhas ainda têm pequenos “sprints” — corridas por bônus exclusivos para quem chega primeiro —, o que adiciona uma pitadinha de tensão na interação.

Interação Sutil, Disputa por Cartas e Duração que Pede Paciência

Embora Leven in de Amazone seja, em essência, um jogo multiplayer solitário — cada um na sua floresta, com sua própria bolsa — ele tem sim seus momentos de interação. E são momentos importantes.

O primeiro e mais evidente está nas cartas de animais disponíveis. De cada tipo, há um número limitado, e o jogo termina quando cinco pilhas de animais se esgotam. Isso cria uma corrida silenciosa por determinados bichos. Já perdi uma partida porque deixei os sapos de lado achando que ninguém ia querer… e lá foi o adversário, pegando todos e acabando com o jogo antes que eu pontuasse.

Outro ponto de contato é nas trilhas de pontuação: algumas delas oferecem bônus apenas para o primeiro jogador que atingir um certo marco. Isso força você a ficar de olho no progresso dos outros — ainda que você não possa interferir diretamente na floresta alheia, você precisa ajustar sua estratégia com base no que eles estão fazendo.

Agora, vamos falar de tempo. O jogo é vendido com tempo de jogo entre 60 e 150 minutos. Mas na prática, principalmente nas primeiras partidas ou com quatro jogadores, a duração costuma passar das duas horas. E isso pode ser um pouco demais, considerando que as regras são acessíveis e o jogo não é um heavy euro. Felizmente, há uma “turbo-modus” que encurta a partida — não milagrosamente, mas o suficiente para torná-la mais palatável em grupos casuais.

Vale a Pena Ter Leven in de Amazone na Coleção?

Se você gosta de jogos visualmente impactantes, com temática bem integrada, mecânicas acessíveis, mas com decisões estratégicas profundas — Leven in de Amazone é um prato cheio.

Apesar de alguns deslizes de produção (cascata de papelão, caixa abarrotada, setup longo), o jogo compensa com um sistema de pontuação versátil, animais com habilidades variadas, rejogabilidade alta e aquela sensação gostosa de ver sua floresta ganhar vida. Não é à toa que ele vem conquistando espaço entre meus favoritos de 2025.

Ele funciona bem em solo, escala bem com grupos, e agrada tanto jogadores experientes quanto quem está subindo o nível nas jogatinas. Se você busca algo entre o charme de Cascadia, a montagem de Everdell e o gerenciamento de recursos de Great Western Trail (com um toque zen), prepare-se: a Amazônia te espera.

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