Se você é fã de jogos de tabuleiro que desafiam seu julgamento e premiam a estratégia a longo prazo, Age of Innovation é um título que certamente já chamou sua atenção. Criado como um sucessor espiritual de Terra Mystica , este jogo combina complexidade mecânica com uma profundidade estratégica de tirar o fôlego. Após várias partidas, é seguro dizer que Age of Innovation conseguiu reinventar a roda, ajustando elementos consagrados e adicionando um tempero único à experiência.
Neste artigo, vou compartilhar minha experiência como veterano jogador, apontar os destaques, explorar as mecânicas e dar minha opinião honesta sobre este jogo altamente aguardado.
O que é a Age of Innovation?
Age of Innovation é um jogo independente ambientado no mesmo universo de Terra Mystica. A principal diferença? Ele oferece uma modularidade incrível, com 12 facções únicas que podem ser combinadas de várias formas com habilidades e territórios, garantindo que nenhuma partida seja igual a outra.
O objetivo? Expandir seus territórios, construir cidades, avançar em conhecimentos científicos e inovações que moldam sua civilização. Cada movimento exige planejamento, e suas decisões impactam diretamente o que você poderá fazer nas rodadas seguintes.
Componentes e Produção
Logo ao abrir a caixa, Age of Innovation impressiona. A qualidade dos componentes é de altíssimo nível:
- Tabuleiro modular : permite diferentes configurações de mapa, ajustando-se ao número de jogadores.
- Marcadores e recursos : produzidos em materiais macios, com núcleos vibrantes.
- Placas de jogadores detalhadas e intuitivas, cheias de informações úteis.
Porém, prepare-se: o jogo exige uma mesa grande e paciência para a montagem inicial. O setup pode ser intimidador nas primeiras partidas, mas, uma vez que tudo está no lugar, a experiência se torna muito mais fluida.
Como jogar Age of Innovation?
Sabe aquela sensação de abrir um livro complexo, cheio de capítulos intrigantes, onde cada página faz você pensar “o que vem a seguir”? Jogar Age of Innovation é exatamente isso, mas com cubinhos coloridos, azulejos de terreno e uma disputa acirrada com seus amigos. Embora o jogo pareça intimidador à primeira vista, sua estrutura é bastante lógica. Vamos ver juntos como funciona!
Primeira Fase: Receber Renda
Imagine que é manhã em sua civilização. É hora de instalar o que você plantou (ou construiu, no caso). Cada prédio no tabuleiro tem uma função: uns te dão dinheiro, outros conhecimento, e há aqueles que oferecem poder. Essa fase é um rompimento, porque você simplesmente coleta os recursos sem quebrar a cabeça.
O mais interessante aqui é como é o jogo que você planeja para o futuro. Por exemplo, investir cedo em prédios que dão ferramentas pode te dar mais flexibilidade nas rodadas seguintes. Mas cuidado: priorizar um recurso pode significar escassez de outro. E é aí que o quebra-cabeça começa.
Segunda Fase: Realizar Ações
Aqui começa a diversão – ou o caos estratégico, dependendo do seu ponto de vista. Cada jogador, por sua vez, escolhe uma ação por vez e vai rodando até que todos decidam “passar” e encerrar a rodada. A grande sacada é que, enquanto as ações são simples, elas se conectam de formas surpreendentes.
Por exemplo: você pode terraformar um terreno para torná-lo habitável para sua facção. Parece simples, certo? Mas aí vem a pegadinha: terrenos distantes de sua paisagem natal são mais difíceis de terraformar, consumindo mais recursos. Já passei pela frustração de gastar tudo o que tinha para transformar um pedaço de deserto em algo útil, apenas para perceber que estava sem dinheiro para construir!
Mas terraformar é apenas uma das opções. Que tal melhorar um edifício? Transformar um escritório em uma guilda dá recursos adicionais e ainda desbloqueia bônus estratégicos. Ou talvez investir em transporte marítimo, permitindo expandir suas terras além dos rios e mares do mapa?
Cada decisão vem com um “e se…”. E se eu melhorar agora, mas faltar dinheiro depois? E se outro jogador ocupasse o terreno que eu estava de olho? É nesse vai e vem mental que Age of Innovation se destaca.
Terceira Fase: Finalizar a Rodada
Depois de tanto pensar, chega o momento de respirar – e fazer uma revisão estratégica. Aqui, você coleta bônus de fim de rodada (seja por completar cidades, percorrer trilhas de conhecimento ou atender aos objetivos da rodada) e organizar os marcadores para o próximo turno.
É um momento crucial para reavaliar sua estratégia . Talvez você perceba que está ficando para trás em inovação e precisa mudar o foco. Ou aquele outro jogador está tentando dominar uma área importante no mapa. Essa pausa é essencial para alinhar seus próximos passos.
A verdadeira mágica: a Fase de Ações
Se eu tivesse que escolher o coração de Age of Innovation, seria uma fase de ações. É aqui que as decisões se entrelaçam, criando uma teia de possibilidades que vai muito além do tabuleiro. Lembro-me de uma partida em que decidi gastar tudo em um grande avanço nas trilhas de conhecimento. A ideia parecia genial – até que percebi que havia me isolado no mapa, dificultando qualquer chance de expansão.
A beleza dessa fase é que cada ação tem consequências. Terraformar pode abrir espaço para um novo prédio, mas também pode ser uma oportunidade para outro jogador roubar seu território. Investir em inovações pode te dar habilidades incríveis, mas custa livros e dinheiro que poderiam ser usados para outra coisa.
E as escolhas continuam te puxando para diferentes opções. “Construo agora ou espero mais uma rodada?” “Devo investir em transporte marítimo ou me concentrar em melhorar minha produção?” Esse nível de interdependência entre as ações transforma cada decisão em algo significativo.
Destaques e Mecânicas Inovadoras
- Personalização infinita : As transferências de facções, territórios e habilidades fazem com que cada partida seja uma experiência única.
- Ações de livros e inovações : Um sistema de coleta e uso de livros que permite desbloquear habilidades exclusivas ao longo do jogo.
- Interação tensa : A proximidade com outros jogadores pode ser um benefício ou um obstáculo, criando uma dinâmica interessante
Comparação com Terra Mystica
Se você já jogou Terra Mystica, vai perceber que Age of Innovation é mais uma evolução do que uma revolução. Ele refina mecânicas e adiciona pequenas mudanças que tornam o jogo mais acessível, sem sacrificar a complexidade:
- Modularidade : Terra Mystica tinha facções fixas. Em Age of Innovation, você pode personalizar sua facção, adicionando uma camada estratégica extra.
- Melhor fluxo : A estrutura das ações foi ajustada para ser mais intuitiva.
- Balanceamento : As transferências personalizáveis ajudam a equilibrar o poder entre facções.
Pontos Positivos
- Altíssima rejogabilidade : Nenhuma partida é igual à outra.
- Produção de qualidade : Componentes e arte impecáveis.
- Profundidade estratégica : Um prato cheio para quem gosta de jogos complexos.
Pontos Negativos
- Setup demorado : A montagem pode salvar jogadores com menos pacientes.
- Curva de aprendizado avançado : As primeiras partidas podem ser confusas e sobrecarregadas.
- Necessidade de espaço : Ideal para mesas grandes.
Age of Innovation Vale a pena?
Age of Innovation é uma obra-prima para jogadores que amam jogos de tabuleiro estratégicos e complexos. Ele exige tempo, paciência e uma mente aberta para aprender e se adaptar. Apesar de seu alto preço e dos trabalhos de configuração, ele oferece uma experiência rica e recompensadora.
Se você já é fã de Terra Mystica ou está procurando um jogo de peso para sua coleção, este título é uma escolha certa.
Olá, eu sou Pedro Henrique Schunz e tenho uma profunda conexão com os jogos de tabuleiro. Desde nossos primeiros encontros com clássicos familiares até as noites emocionantes de partidas estratégicas com amigos, cada dado lançado e cada carta virada moldaram nossa experiência única. Crescemos com os jogos, aprendemos com eles e, ao longo do caminho, construímos memórias inesquecíveis.