Vou confessar: a primeira vez que assisti a John Wick , saí do cinema imaginando como seria viver naquele universo insano. Regrinhas, alianças temporárias e lutas frenéticas em cada esquina… Mas, como qualquer fã de jogos de tabuleiro, minha mente foi direta para a pergunta: e se isso fosse um jogo? Já inventou estratégias para escapar da Alta Cúpula ou cumprir contratos enquanto tenta te derrubar?

Se você é como eu, que adora transformar essas ideias malucas em algo que dá para jogar na mesa com os amigos, chegou ao lugar certo. Hoje, quero te mostrar como você pode criar seu próprio jogo de tabuleiro inspirado no universo de John Wick . Pegue seu café, imagine-se no Continental, e vamos dar os primeiros passos para trazer toda a tensão e adrenalina desse mundo para sua mesa de jogo.

O que torna John Wick uma inspiração para os Jogos de Tabuleiro?

Pense comigo: o que faz John Wick ser tão viciante? Não é só uma pancadaria estilizada (embora isso ajude bastante, né?). É o conjunto de elementos que formam um universo fascinante, cheio de nuances que praticamente imploram para serem transformados em mecânicas de jogo.

Regras Rígidas:

Lembra de como tudo no mundo de Wick funciona com base em códigos de quase conduta religiosa? Não pode matar dentro do Continental, não pode quebrar um juramento de sangue, e, se vacilar, já era. Esse sistema cria tensão o tempo todo, porque qualquer erro pode custar caro. Imagine um jogo onde os jogadores precisam seguir regras específicas enquanto tentam sabotar os outros. Dá para sentir o nervosismo só de pensar, né?

Combate Estilizado:

O que é John Wick sem suas lutas coreografadas? As cenas de ação da franquia são pura estratégia em movimento. John não só enfrenta inimigos; ele resolve problemas com tiros e golpes, como se estivesse jogando xadrez com a morte. Esse tipo de abordagem tática é perfeito para jogos de tabuleiro, onde você pode planejar cada passo, usar cartas ou dados para realizar sequências épicas de combate e sair como uma lenda.

Personagens e Locais Memoráveis:
 

O Continental, o Alto Conselho, o Rei dos Mendigos… cada detalhe do universo de John Wick tem um charme que já parece uma expansão esperada para acontecer. E os personagens? Winston, Sofia e, claro, o próprio John estão cheios de personalidade, prontos para serem transformados em peças ou avatares no tabuleiro.

Moral Ambígua:

Por fim, John Wick é um jogo de escolhas. O mundo dele está cheio de dilemas éticos: alianças que podem virar traições, favores que você deve a alguém, sacrifícios difíceis para alcançar a vitória. Em um jogo de tabuleiro, isso pode se traduzir em decisões que mudam o rumo da partida — e testar suas amizades na vida real.

Esses elementos são ouro puro para qualquer designer de jogos. Bora transformar tudo isso em mecânicas?

Passo 1: Definindo o Tema do Jogo

Antes de começar a pensar em cartas, tabuleiros ou miniaturas, você precisa responder a uma pergunta essencial: Qual é a história que seu jogo vai contar? No caso de John Wick , é impossível fugir de temas como vingança, sobrevivência e, claro, aquele sistema de regras quase sagrado que rege o submundo. E, olha, isso abre um leque de possibilidades possíveis para um jogo de tabuleiro!

Sobrevivência e Vingança:

Imagine um jogo onde os jogadores são assassinos tentando sobreviver enquanto cumprem contratos perigosos. A cada turno, você decide: segue com o plano ou desvia para escapar de inimigos implacáveis? Talvez você esteja a um movimento de conquistar o contrato perfeito, mas, como no universo de John Wick , o perigo nunca está longe — e uma emboscada pode mudar tudo.

Conflito com a Alta Cúpula:

Se você gosta de narrativas épicas, um tema central poderia ser uma luta contra a Alta Cúpula. Os jogadores serão excomungados, traídos e nomeados a se unirem para derrubar o sistema que governa o submundo. Mas, é claro, alianças em um jogo como esse nunca duram para sempre.

Competição e Cooperação:

Agora, vem a parte mais divertida: e se o jogo fosse tão competitivo quanto cooperativo? Pense assim: você precisa trabalhar com outros assassinos para atingir certos objetivos, mas, no fim, só um pode ser o grande vencedor. Cada escolha é uma aposta — ajudar o outro pode te beneficiar… ou ser sua ruína.

Aqui, a ideia não é só jogar: é se sentir dentro do mundo de John Wick , vivendo decisões letais e se perguntando quem é realmente seu aliado. Dá para sentir a tensão? Bora continuar!

Passo 2: Criando Mecânicas Inspiradas no Universo de John Wick

Agora olhamos para a parte que todo mundo adora: como o jogo vai funcionar? Aqui é onde transformamos o mundo de John Wick em algo jogável, cheio de tensão, estratégia e aquela sensação de estar sempre a um movimento de perder tudo.

Gestão de Recursos:

Se você já assistiu John Wick , sabe que ele não sobreviveu apenas com habilidade. Ele administra munição, contatos e, principalmente, favores. No seu jogo, isso pode virar mecânicas como:

• Marcadores de Ouro: Essa é a moeda universal do submundo. Serve para pagar por serviços no Continental, como recuperar energia, conseguir armas melhores ou subornar rivais.
• Juras de Sangue: Lembra dos juramentos em forma de marcador de sangue? No jogo, isso poderia ser usado para “forçar” outro jogador para ajudá-lo — mas cuidado, porque quem tem o marcador pode decidir quando e como usá-lo contra você mais tarde.

Sistema de Combate:

As cenas de luta de John Wick são quase arte. Você pode traduzir isso para o jogo com:

• Dados Táticos: Onde você escolhe entre armas de longa distância ou curta distância e calcula riscos. Cada arma pode ter dados diferentes, simulando precisão e dano.
• Combos de Ação: Use cartas ou habilidades especiais para criar sequências épicas, como derrotar múltiplos inimigos ou fugir no último segundo.

Missões e Contratos:

Todo assassino vive de contratos, certo? No jogo, você pode ter cartas que definem objetivos específicos: eliminar um alvo, recuperar um item importante ou até sabotar outro jogador.

Modo Fuga:
 

Nenhum jogo inspirado em John Wick estaria completo sem perseguições tensas! Após cumprir os contratos, os jogadores podem precisar escapar antes que rivais ou mercenários apliquem. Imagine uma mecânica de “stealth” onde cada movimento deve ser calculado para evitar emboscadas.

Cada um desses elementos não só traz a essência do universo de John Wick , mas também garante partidas cheias de adrenalina e reviravoltas. Afinal, quem não quer se sentir como Baba Yaga por uma noite?

Passo 3: Construindo o Protótipo

Beleza, você já tem o tema e as mecânicas na cabeça, agora é hora de transformar tudo isso em algo palpável. E aqui vai uma boa notícia: você não precisa de nada muito sofisticado para começar. A ideia do protótipo é testar as ideias e verificar o que funciona (ou não) antes de gastar dinheiro com componentes chiques.

Crie o Tabuleiro:

 Comece com um esboço no mesmo papel. Desenhe locais icônicos do universo John Wick:

• O Continental Hotel como área segura, onde não pode rolar combate (mas pode rolar muita tensão).
• Ruas movimentadas , perfeitas para perseguições ou emboscadas.
• Bases da Alta Cúpula , que servem como zonas de risco, mas também onde grandes recompensas estão escondidas.

Não precisa ser nenhum Picasso — o importante é mapear os espaços onde a ação vai acontecer.

Componentes Básicos:

Se você tem papel, caneta e alguns dados, já está pronto para começar. Aqui vão algumas ideias para os primeiros testes:

• Use fichas ou marcadores para representar assassinos (moedinhas ou peças de outros jogos operacionais).
• Crie cartas simples com contratos, habilidades especiais e eventos. Por exemplo, “Eliminar um alvo na área X” ou “Emboscada: perca 2 recursos”.
• Dados separados para as resoluções de combate. Dá para começar com dados comuns e inventar as regras depois.

Teste e Ajuste:
 

Convide amigos para jogar (a pizza é opcional, mas sempre ajuda) e observe como eles interagem com as mecânicas. Eles conseguiram entender as regras? O jogo fluiu ou ficou travado? Refinar o protótipo é a parte mais divertida — e às vezes mais desafiadora. Ajuste até sentir que o jogo captura a vibe de John Wick .

Lembre-se: a melhor parte do processo é ver sua ideia ganhar vida, mesmo que o protótipo ainda seja simples. Antes que você perceba, você terá um jogo digno de qualquer mesa!

Dicas para um Jogo Verdadeiramente Imersivo

1. Crie Momentos Cinematográficos:
   As cenas de John Wick são famosas por sua coreografia. Replique isso com mecânicas que permitem aos jogadores encadear ações dramáticas, como derrotar vários inimigos em um só turno.
2. Foque na Decisão Moral:
   Assim como John é constantemente desafiado por escolhas difíceis, tente introduzir dilemas que forçam os jogadores a decidir entre o caminho fácil ou o mais honrado.
3. Traga a Alta Cúpula à Vida:
   Inclui regras especiais para o submundo do crime, onde qualquer violação pode resultar em consequências graves, como excomunhão ou perseguição.

Por que criar um jogo inspirado em John Wick?

Para os fãs da franquia, John Wick é mais do que ação: é uma experiência envolvente e emocionante. Criar um jogo de tabuleiro baseado nesse universo é uma oportunidade de:

• Celebrar o Mundo de Wick: Trazer suas regras e personagens para uma nova mídia.
• Atrair um Público Apaixonado: Combinar o amor por jogos e cinema pode conquistar tanto gamers quanto cinéfilos.
• Explorar Estratégias Únicas: O mundo de John Wick incentiva a criatividade e inovação nas mecânicas de jogo.

Conclusão

Criar um jogo de tabuleiro inspirado em John Wick é como montar uma peça de arte: exige paixão, atenção aos detalhes e uma pitada de ousadia. Se você é fã do universo estilizado de Keanu Reeves e tem a criatividade necessária para traduzir isso para uma mesa de jogo, não perca a chance de explorar essa ideia. Afinal, quem não gostaria de viver o papel de Baba Yaga por uma noite?

Agora, é hora de começar: pegue papel, canetas e deixe sua imaginação guiá-lo. Seu próximo jogo pode ser o próximo sucesso das mesas de jogos de tabuleiro!

Pedro Henrique Schunz

Olá, eu sou Pedro Henrique Schunz e tenho uma profunda conexão com os jogos de tabuleiro. Desde nossos primeiros encontros com clássicos familiares até as noites emocionantes de partidas estratégicas com amigos, cada dado lançado e cada carta virada moldaram nossa experiência única. Crescemos com os jogos, aprendemos com eles e, ao longo do caminho, construímos memórias inesquecíveis.